Um pouco da nossa história
A rigor, a história do NCE começou na década de 70, quando o seu fundador e atual Diretor Geral, Prof. Dr. Avelino Alves Filho, começou a trabalhar com Elementos Finitos nas aplicações em Estruturas de Navios e Oceânicas.
Ainda não estavam disponíveis os recursos da computação gráfica como auxílio à chamada Tecnologia CAE . Nesse período, os Modelos em Elementos Finitos eram gerados no papel – à mão – para posterior digitação e preparação de dados de entrada em cartões para processamento em computadores de grande porte. Desde esse período até hoje, com a “evolução” dos atuais recursos da computação gráfica – que temos utilizado intensamente, tivemos a felicidade de trabalhar com aplicação práticado Método que incluem Estruturas Oceânicas, Navios, Veículos Rodoviários e Ferroviários, Componentes Mecânicos e diversas aplicações da Mecânica Estrutural. Entretanto, é notável que, apesar das facilidades gráficas introduzidas, a essência do Método continua a mesma.
Na década de 1970, não existiam recursos visuais que pudessem vender a imagem da Tecnologia CAE como uma ferramenta mágica, e o engenheiro utilizava o Método dos Elementos Finitos ciente de que a sua utilização era apoiada em uma base conceitual. Devido a apelos de marketing, as facilidades gráficas disponíveis levaram, muitas vezes, à apologia de que a aprendizagem dos comandos do programa é suficiente para a solução da maior parte dos problemas de engenharia, criando uma cultura mais voltada para a forma do que para a essência da solução dos problemas. Muitas decepções no uso dessa ferramenta de análise decorreram desse enfoque equivocado. As formas, os processos de “conversar” com os programas se modificam, mas a essência; os conceitos permanecem.
É interessante comparar esse uso equivocado com o caso fictício de um paciente que vai a um consultório e o médico sugere que não entende muito daquele assunto, mas tem um software de medicina: basta digitar os sintomas que a resposta do seu problema e os remédios já são obtidos como “saída” do programa. O paciente, se tiver juízo, levanta e sai correndo do consultório. Não há motivo para supor que na área de engenharia de simulação seja diferente, embora haja “pacientes” que acreditem nessa falácia, e “médicos” que a vendam.
Um dos pontos mais importantes que contribui comprovadamente para o sucesso e progresso no uso dos recursos de CAE, e que tivemos a oportunidade de verificar nesses anos trabalhando na área, está relacionado aos conceitos fundamentais obrigatórios na utilização da tecnologia CAE.
As formas e os processos dos quais o usuário dispõe para definir os modelos no computador surgem e morrem; podem ser mais rápidos a cada dia, em função das tecnologias gráficas cada vez mais poderosas. No entanto, é importante observar, sempre que dispuser de uma ferramenta gráfica poderosa mas sem base conceitual que pode ser o caminho mais rápido para obter uma resposta errada.
Por isso, o NCE mantém a sua essência desde as suas ações pioneiras agregadas na década de 70 no uso do CAE. O NCE faz parte da história do uso do CAE no Brasil.